Cinto de segurança em ônibus é pouco usado por passageiros
Estudos comprovam que uso pode evitar graves lesões e salvar vidas
ADAMO BAZANI – CBN
A tragédia envolvendo um ônibus da Auto Viação 1001 na tarde de segunda-feira que ao cair numa ribanceira na Serra de Teresópolis, região de Guapimirim, na Baixada Fluminense, provocou a morte de 15 pessoas, levantou mais uma vez o tema sobre o pouco uso do cinto de segurança por parte de passageiros de ônibus.
O cinto não evita o acidente, mas diminui suas proporções.
De acordo com relatos de passageiros do veículo que sobreviveram , ao Jornal O Dia, o motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, que também morreu, alertou a todos os usuários a se sentarem e usarem o cinto de segurança pouco antes de cair de uma altura de 10 metros. Relatos ainda dão conta que os passageiros que seguiram a orientação e colocaram o cinto foram os menos atingidos.
Ainda de acordo com estas testemunhas, muitos usuários desesperados antes de o ônibus cair, ficaram em pé no veículo, que já estava em alta velocidade e sem controle. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o veículo atingia cerca de 80 km/h sendo que o máximo permitido para o trecho é de 60km/h.
A questão do baixo uso do cinto de segurança em ônibus é grave.
De acordo com a CNT – Confederação Nacional dos Transportes – apenas 2% dos passageiros usam o equipamento de segurança.
A presença do cinto em ônibus intermunicipais e interestaduais de característica rodoviárias é obrigatória desde 1997.
No caso do ônibus, além de evitar que o passageiro bata a cabeça no banco da frente ou nas divisórias do veículo, também impede que a pessoa seja lançada dentro ou mesmo para fora do salão de passageiros, que é bem maior que um veículo de passeio, cujo uso do cinto, por lei, virou hábito.
Estudos dão conta que estes fatores ligados ao lançamento das pessoas pelo ônibus são algumas das maiores causas de mortes.
ANTT VAI INTENSIFICAR FISCALIZAÇÃO NA 1001:
Depois da tragédia envolvendo o ônibus 2212 da Auto Viação 1001, a ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres disse que vai intensificar a fiscalização nas garagens da empresa.
Só neste ano, a ANTT emitiu 183 multas contra a 1001 por diversos fatores. Já o Detro – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro aplicou 553 multas. A falta da realização da inspeção obrigatória foi um dos principais motivos, de acordo com a autarquia.
Em nota, a Auto Viação 1001 disse que o veículo passou por todas as vistorias e estava com a manutenção em dia. O ônibus 2212 passou por inspeção no último dia 10, segundo a companhia. A empresa ainda acrescentou que presta assistência às famílias das vítimas que perderam a vida e aos feridos.
O motorista que morreu no acidente trabalhava há pouco mais de quatro anos na empresa.
Não estão descartas as hipóteses de falha mecânica ou mesmo de o condutor não ter passado bem.
Publicado em 24/10/2012 porAdamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes (com agências). Blogpontodeonibus
Estudos comprovam que uso pode evitar graves lesões e salvar vidas
ADAMO BAZANI – CBN
A tragédia envolvendo um ônibus da Auto Viação 1001 na tarde de segunda-feira que ao cair numa ribanceira na Serra de Teresópolis, região de Guapimirim, na Baixada Fluminense, provocou a morte de 15 pessoas, levantou mais uma vez o tema sobre o pouco uso do cinto de segurança por parte de passageiros de ônibus.
O cinto não evita o acidente, mas diminui suas proporções.
De acordo com relatos de passageiros do veículo que sobreviveram , ao Jornal O Dia, o motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, que também morreu, alertou a todos os usuários a se sentarem e usarem o cinto de segurança pouco antes de cair de uma altura de 10 metros. Relatos ainda dão conta que os passageiros que seguiram a orientação e colocaram o cinto foram os menos atingidos.
Ainda de acordo com estas testemunhas, muitos usuários desesperados antes de o ônibus cair, ficaram em pé no veículo, que já estava em alta velocidade e sem controle. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o veículo atingia cerca de 80 km/h sendo que o máximo permitido para o trecho é de 60km/h.
A questão do baixo uso do cinto de segurança em ônibus é grave.
De acordo com a CNT – Confederação Nacional dos Transportes – apenas 2% dos passageiros usam o equipamento de segurança.
A presença do cinto em ônibus intermunicipais e interestaduais de característica rodoviárias é obrigatória desde 1997.
No caso do ônibus, além de evitar que o passageiro bata a cabeça no banco da frente ou nas divisórias do veículo, também impede que a pessoa seja lançada dentro ou mesmo para fora do salão de passageiros, que é bem maior que um veículo de passeio, cujo uso do cinto, por lei, virou hábito.
Estudos dão conta que estes fatores ligados ao lançamento das pessoas pelo ônibus são algumas das maiores causas de mortes.
ANTT VAI INTENSIFICAR FISCALIZAÇÃO NA 1001:
Depois da tragédia envolvendo o ônibus 2212 da Auto Viação 1001, a ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres disse que vai intensificar a fiscalização nas garagens da empresa.
Só neste ano, a ANTT emitiu 183 multas contra a 1001 por diversos fatores. Já o Detro – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro aplicou 553 multas. A falta da realização da inspeção obrigatória foi um dos principais motivos, de acordo com a autarquia.
Em nota, a Auto Viação 1001 disse que o veículo passou por todas as vistorias e estava com a manutenção em dia. O ônibus 2212 passou por inspeção no último dia 10, segundo a companhia. A empresa ainda acrescentou que presta assistência às famílias das vítimas que perderam a vida e aos feridos.
O motorista que morreu no acidente trabalhava há pouco mais de quatro anos na empresa.
Não estão descartas as hipóteses de falha mecânica ou mesmo de o condutor não ter passado bem.
Publicado em 24/10/2012 porAdamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes (com agências). Blogpontodeonibus
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