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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os riscos de conduzir caminhões na chuva

Nada como uma chuva forte para colocar as habilidades de um motorista em teste, ainda mais se ele estiver conduzindo um caminhão carregado. A menor visibilidade – e os limpadores de para-brisa ajudando a desviar a atenção – exige concentração e boa capacidade de reação. Entre os principais problemas da água no asfalto, está a diminuição do coeficiente de atrito entre os pneus e a pista. Os primeiros 10 minutos são ainda mais perigosos, pois a água se mistura com a sujeira da estrada, como resíduos carbônicos e de óleo, pó de borracha, poeira, entre outros, formando uma camada escorregadia. Segundo o engenheiro Mauri Panitz, perito em segurança no trânsito, o coeficiente de atrito em condições normais é de 0,6, cai para 0,4 quando a chuva já lavou a pista e fica em 0,2 quando a chuva ainda está nos primeiros minutos. Quanto menor o coeficiente, menor o atrito com o asfalto, facilitando derrapagens. Para os caminhões, um dos principais riscos é o efeito L (também conhecido como jacknifing), quando o condutor perde o controle do trem de força e o semirreboque se projeta à frente. “Dependendo da velocidade, das ações do motorista, se ele fizer uma mudança brusca de direção, ou passar por um solavanco numa deformação da rodovia, ele perde aderência e quando vai tentar recuperar, não a encontra, pois a pista está ‘lubrificada’ com água e sujeira. Pior ainda se ele utilizar o freio, pois não haverá o trabalho mecânico de atrito em função da falta de aderência”, explica Panitz. Outra situação comum e perigosa é a hidroplanagem, também conhecida como aquaplanagem. Ela acontece quando a camada de água sobre a pista é muito espessa fazendo os pneus perderem contato com o asfalto e deslizarem na água. Júlio Cesar Zingalli, instrutor de direção defensiva do Centronor, alerta para a importância de reduzir a velocidade nesses casos, manter boa distância dos demais veículos e dá uma dica: “ao olhar pelo retrovisor, se o motorista não enxergar o rastro de água saindo dos pneus, é preciso diminuir mais a velocidade, pois há grande risco de aquaplanagem”. Confira outras dicas sugeridas pelo engenheiro Panitz e pelo instrutor Zingalli: 1. Diminua a velocidade, pois há perda de visibilidade, o coeficiente de atrito diminui e há perigo de derrapagens e hidroplanagem; 2. Mantenha distância de pelo menos 10 metros do veículo da frente; 3. Acenda o farol baixo durante o dia. Aumenta a visibilidade e alerta veículos de trás; 4. Ligue o desembaçador traseiro; 5. Evite freadas bruscas e não faça manobras perigosas; 6. Mantenha as borrachas dos limpadores de para-brisa em dia; 7. Pare em local seguro se a chuva estiver muito forte; 8. Não use as mãos para limpar vidros embaçados, pois eles ficarão engordurados. Utilize um pano apropriado, se possível com detergente neutro; 9. Ligue o ar-condicionado ou ventilador do caminhão e mantenha uma fresta da janela aberta para circular o ar. Se os vidros já estiverem embaçados, use ar quente; 10. Jamais faça ultrapassagens; 11. Procure rodar com a pressão adequada nos pneus; 12. Mantenha a velocidade constante, sem fortes acelerações ou freadas bruscas. Fonte: Terra Publicado em 09/07/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/os-riscos-de-conduzir-caminhoes-na-chuva

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