Motorista Comprometido

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Notícias

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Programa Transportadora da Vida reduz em 32% acidentes envolvendo caminhões


Ocorreu na manhã de quarta-feira, 12, a solenidade de certificação de 35 empresas participantes do Programa Transportadora da Vida 2012, uma parceria entre o SETCERGS e a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Instituído em 2006, o programa tem por objetivo reconhecer as empresas de transporte rodoviário de cargas que assumiram o compromisso com a vida, levando aos seus motoristas, familiares e comunidade, o conhecimento e a conscientização da responsabilidade durante a condução dos veículos.
A solenidade realizada no auditório do Centro de Eventos FIERGS foi prestigiada pelo Secretário de Infraestrutura e Logística do RS (SEINFRA/RS), Caleb de Oliveira; o comandante do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), Coronel Carlos Magno Schwartz Oliveira; a presidente da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, Diza Gonzaga; o presidente José Carlos Silvano, diretores e associados do SETCERGS.
Diza Gonzaga lembrou que o trânsito no Brasil apresenta números de uma guerra. "São mais de 50 mil mortes e 300 mil pessoas mutiladas ao ano. Entretanto, esses dados não são exatos porque só contabilizam os óbitos registrados nos locais dos acidentes, o que certamente elevaria as estatísticas para mais de 100 mil", declarou a presidente da Fundação, ressaltando que atualmente o país ocupa o quarto lugar em vítimas do trânsito.
Portadora de uma notícia animadora para mudar esse quadro trágico, Diza revelou que a parceria da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga com o SETCERGS conseguiu reduzir em 32% o número de acidentes envolvendo "os gigantes da estradas", como ela denomina. "Tem empresa que alcançou o índice de 74%", comemorou o êxito dessa parceria.
O presidente José Carlos Silvano salientou que o SETCERGS vem se notabilizando por ações de responsabilidade social. "Optamos pela parceria com a Fundação por ser uma instituição que transcende as fronteiras do Brasil, com grande reconhecimento no exterior", assinalou. A cada ano o Programa vem ganhando mais adesões. "Isso mostra que o Sindicato optou pelo caminho certo, com a redução de acidentes de trânsito envolvendo os veículos de cargas. O selo Transportadora da Vida está difundindo nas estradas brasileiras essa união e integração de todos pela preservação da vida", complementou Silvano.
Já o titular da SEINFRA/RS comentou que acompanha há muito tempo as ações da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga e do SETCERGS. "É muito positivo este esforço visando reduzir as mortes no trânsito. Sabemos que estamos devendo uma malha rodoviária mais adequada. Mas a capacidade de investimentos do Estado estava reduzida por outras questões. O trabalho do ex-secretário Beto Albuquerque permitiu que esse cenário esteja mudando", constatou Caleb de Oliveira.
Premiação



Este ano o Programa Transportadora da Vida inovou com a criação das categorias Transporte de Produto Perigoso e Transporte de Produto Não Perigoso, onde as empresas, ao se inscreverem, optaram pela categoria mais adequada a sua característica de operação. Também foram homenageados os motoristas das empresas pelo mérito alcançado em 2012. A Braskem, empresa "Amiga da Vida", que através da mobilização do grupo parceria consciente incentiva e realiza ações de conscientização e valorização da vida e a Vonpar, que solicita em seus processos de licitação a certificação no Programa Transportadora da Vida, também mereceram o reconhecimento no evento.
Coube aos presidentes José Carlos Silvano e Diza Gonzaga entregarem os troféus "Empresa Destaque 2012", nas categorias Bronze, Prata e Ouro para as seguintes empresas que atingiram a maior pontuação na lista de verificação:

Transporte de Produtos Perigosos
• Troféu Ouro: Henrique Stefani
• Troféu Prata: Roglio Logística
• Troféu Bronze: Eichenberg Kuehne Nagel Company

Transporte de Produto Não Perigosos
• Troféu Ouro: VBR Logística
• Troféu Prata: Panex Transporte
• Troféu Bronze: Scapini Transporte e Logística
Publicado em 13/12/2012 na Coluna do Jornal do Comércio - SETCERGS

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lei do Descanso: nos Estados Unidos, o assunto é sério


Enquanto no Brasil a recente Lei do Descanso – 12.619 – provoca discussões e resistências, nos Estados Unidos a jornada de trabalho do motorista de transporte de carga é regulamentada desde 1940. De vez em quando, a lei muda – para aumentar o descanso. A última vez foi em dezembro do ano passado: o limite de horas ao volante foi reduzido de 82 para 70 horas semanais.
O caminhoneiro norte-americano pode trabalhar até 14 horas por dia. No volante, não pode passar de 11 horas. Nas outras três, o caminhão tem que estar parado. E ao fim das 11 (ou das 14) horas, ele tem que fazer um descanso de 10 horas.
Esses limites refletem o resultado de pesquisas que avaliaram a fadiga dos motoristas nas estradas, disse o secretário de Transporte dos Estados Unidos (equivalente a ministro no Brasil), Ray LaHood, quando o governo propôs a lei atual.
Conforme dados do Instituto de Seguros dos Estados Unidos para Segurança Estradas, o risco de acidente, para o motorista de caminhão que fica ao volante mais de oito horas, é mais que o dobro do motorista descansado.
Esses limites de jornada de trabalho são parecidos com os que estão em vigor no Brasil. Os motoristas americanos reclamam. Não do salário, que lá é melhor que aqui. Mas eles também sofrem pressões das empresas para cumprir horários impossíveis. Outra queixa é uma coisa só deles: são obrigados a anotar, num diário de bordo, os horários que cumpriram a cada dia. É o diário que os inspetores vão verificar, na estrada.
Lá, a fiscalização é coisa séria – e a punição pode ser cadeia. Em 2011, os 12 mil inspetores federais e estaduais que fiscalizam os 7 milhões de caminhões existentes no país, realizaram 3,5 milhões de abordagens e verificações nas rodovias, resultando na comprovação de 1,2 milhões de violações. Desse total, quase metade – 578 mil – foi constatada no diário de motoristas: excesso de horas de trabalho, falsos diários, preenchimento desatualizado ou incorreto. A multa por não manter o diário atualizado é de 1 mil dólares por dia, podendo atingir até o valor máximo de 10 mil – mais de R$ 20 mil.
Derrick Roskam, do Estado de Iowa, disse que o relatório diário é tão cheio de detalhes que existem vídeos no Youtube ensinando a preencher. “Eu até poderia arrancar uma folha e fingir que não trabalhei hoje, mas se um auditor viesse à minha casa e analisasse todos os meus diários dos últimos dois meses, ele perceberia que burlei a lei e me daria uma multa salgada”, contou Roskam. “Além disso, eles passariam a prestar mais atenção em mim no futuro”.
Roskam disse que o registro diário existe há décadas. O assunto é tão sério que, em maio passado, o motorista Valerijs Nikolaevich Belovs, de 58 anos, foi sentenciado a 18 meses de prisão, após confessar que tinha falsificado seu diário no dia em que provocou um grave acidente na Virgínia”.
Allen Kroeze nunca se envolveu em acidentes. Ele também critica o detalhismo do diário. “Temos que especificar o número de horas dirigindo, carregando ou descarregando o caminhão, ou esperando em fila. O tempo perdido em espera não pode ser compensado como se fosse de descanso”. Também existem papéis relativos ao seguro e ao peso do caminhão para preencher, disse ele.
Kroeze é caminhoneiro há quatro anos. Em 2008, desembolsou 110 mil dólares (R$ 220 mil) por um caminhão e partiu para a estrada. “O gasto com manutenção é elevado, mês passado paguei 4 mil dólares por oito pneus, mas dá para ganhar algum dinheiro”, informou.
Dois motoristas encontrados pela reportagem numa área de descanso em Tulsa, Oklahoma, têm experiências diferentes em relação ao diário de bordo.
O texano David Lax, na estrada há 19 anos, prefere preencher tudo direitinho, apesar do trabalho que dá. “Na empresa, sempre pegam o meu diário como exemplo. Na estrada, os fiscais não ficam me segurando, quando vêem que está tudo organizado”, conta David.
Alan Turner confessou que já desobedeceu a lei do descanso e se deu mal. “Uma vez, na Califórnia, fiquei detido 24 horas por ter ficado 20 horas ao volante e só fui liberado depois de pagar fiança”. Ele põe a culpa na empresa: “A companhia pressiona e você acaba rodando mais do que o permitido”. Em outra ocasião, passou pela balança e nem viu a sinalização. “Estava tão cansado que já não tinha reflexo e nem enxergava direito. Fui perceber a balança depois que já havia passado”.
No Brasil, muito mais mortes do que lá
As estatísticas de acidentes de trânsito dos Estados Unidos dizem o seguinte: em 2010, 3.413 pessoas morreram em acidentes com caminhões de grande porte no país. Poucas dessas vítimas estavam nos caminhões – só 14%. Entre as demais, 72% estavam em veículos pequenos e 13% eram pedestres, ciclistas ou motociclistas. Em choques entre caminhões e carros, 97% das mortes foram dos ocupantes dos carros.
No Brasil, não temos dados tão precisos. Um estudo feito pela Pamcary, divulgado em 2009, informava que os acidentes com caminhões matam 8.000 pessoas por ano. Outra informação, constante no Portal Volvo de Segurança no Trânsito, diz que o número de mortes nesses acidentes chega a 12.000 por ano. O Brasil tem menos de 2 milhões de caminhões. O nosso índice de mortes é 14 vezes maior que o dos Estados Unidos.
Fonte: Revista Carga Pesada
Publicado em 10/12/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/lei-do-descanso-nos-estados-unidos-o-assunto-e-serio

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Direção Defensiva é uma Decisão Inteligente!

Direção Defensiva é uma Decisão Inteligente!

Os Motoristas da sua empresa sabem diferenciar a Direção Defensiva  da Direção Agressiva? 

Como estão os índices de acidentes e as multas por excesso de velocidade? 

Como estão as manutenções corretivas dos veículos existentes na empresa?  

Palestra VIP para Motoristas com conteúdos diferenciados e focados no melhor para o "Cliente Final". 

Motorista Profissional realmente preparado, sem dúvida, prestará serviços mais seguros e confiáveis aos clientes. Pense nisso! 

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Acidentes envolvendo caminhões crescem 30% no noroeste paulista


A mistura de viagens longas e caminhoneiros que não descansam podem provocar acidentes e muitas vezes a morte de pessoas que não tem nada a ver com esse problema. Na região noroeste paulista, os casos têm sido cada vez mais freqüentes.

Sem o descanso necessário, muitos motoristas se arriscam e seguem viagem pelas rodovias. De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária de janeiro a outubro deste ano 30% dos acidentes registrados na região envolveram caminhões.
Em Votuporanga (SP), um caminhão desgovernado tirou a vida de pai e filho há duas semanas e reabriu a discussão em torno do assunto, que precisa de atenção urgente de motoristas e autoridades. Jorge Dorti da Rocha, de 44 anos, e Anderson Pedro da Rocha, de 18, seguiam de bicicleta pelo acostamento da Rodovia Euclides da Cunha quando foram atingidos por um caminhão carregado com madeira.
Durante o registro da ocorrência, a polícia constatou que o motorista que provocou o acidente estava dirigindo há mais de sete horas sem parar para descansar. Um inquérito foi aberto e as circunstâncias que causaram o acidente serão investigadas pela Polícia Civil.
Uma lei aprovada pelo Governo Federal determina que a cada quatro horas seguidas ao volante o motorista de caminhão descanse meia hora. A medida, que entrou em vigor em setembro, foi prorrogada e deve passar a valer a partir de março de 2013 para que pontos de parada sejam instalados nas pistas.
Fonte: G1
Publicado em 04/12/2012 por  Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/acidentes-envolvendo-caminhoes-crescem-30-no-noroeste-paulista

sábado, 17 de novembro de 2012

Dirigir com Economia


Para diminuir os gastos com combustível, que em alguns casos representa 35% da despesa final, muitos motoristas procuram por um veículo mais econômico. O que poucos sabem, porém, é que é possível conseguir essa economia somente mudando a forma de dirigir. Algumas atitudes simples, como ter sensibilidade e acreditar no torque do motor e no aproveitamento das marchas, utilizar o freio motor e não deixar o veículo na “banguela” nos declives, podem fazer a diferença. Além disso, não abrir mão dos cuidados normais de manutenção, como regulagem da bomba injetora, limpeza dos bicos e pressão dos pneus, podem ajudar nessa economia.
A Iveco, que possui uma gama de produtos e tecnologias que oferecem soluções completas na economia de combustível, traz aqui algumas dicas do supervisor de Assistência Técnica da Iveco, Carlos Augusto de Souza, que podem contribuir para a redução dos custos com combustível.
- Principais dicas para economizar combustível durante as viagens de caminhão
O controle visual do conta-giros do caminhão é uma forma extremamente eficiente de economia de combustível. Observando sempre o meio da faixa verde do ponteiro e com uma folga de pedal do acelerador, o motorista utilizará a faixa de torque do veículo. Nessas rotações a pressão de turbina diminui e a eficiência do motor aumenta reduzindo seu consumo. Outra alternativa, que complementa a primeira, é que uma boa parte dos caminhões Stralis tem medidor de pressão de turbo. Com este equipamento, administramos melhor o curso do acelerador já que ao pressionar o mesmo, instantaneamente a pressão do turbo varia o seu valor. Com este indicador é possível utilizar o mínimo de pressão e garantir um bom desempenho.
- Veículos sobrecarregados ou com carga mal distribuída consomem mais combustível
O sobrepeso compromete todos os componentes da suspensão, além de consumir mais combustível e diminuir a vida útil da embreagem. As cargas mal distribuídas lateralmente mudam o equilíbrio do veiculo e causam desgaste localizado; e as cargas mal distribuídas verticalmente comprometem a estabilidade direcional do veiculo, alterando seu centro de gravidade.
- Além dos riscos já conhecidos na prática da “banguela” (usar o ponto motor quando o veículo adquire velocidade), existem outros danos para o caminhão e tem reflexo no consumo de combustível
A banguela é uma prática antiga e já em fase de extinção, pois os motoristas foram lendo, recebendo informações e perceberam que utilizar o veículo engrenado além de ser mais seguro, é mais econômico que a banguela. Com o veículo engrenado e sem o acelerador pressionado, os motores entram em estado de corte (combustível zero), ou seja, o motor passa a segurar a carga e a carga empurra o veiculo. Dessa forma, é muito mais fácil manter o controle do veiculo e conseguir uma boa economia.
- Ar-condicionado consome mais combustível quando as janelas estão abertas
O ar condicionado de um caminhão é similar a uma geladeira doméstica. Quanto mais tempo a porta permanecer aberta, mais tempo o sistema deverá trabalhar para manter a temperatura pré-estabelecida. Dessa forma, o ar condicionado quando utilizado com janelas abertas nunca se desliga, e isso ocasiona um consumo adicional de combustível.
Fonte: Blog Iveco
Publicado em 24/10/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/dirigir-com-economia/

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Entidades do setor de transportes criticam Resolução do Contran


Em reunião no MPT, líderes da CNT, CNTTT, Presidência da República e da Frente Parlamentar do Trânsito Seguro destacam efeitos nocivos


Brasília – Entidades representativas do setor de transporte de carga reunidas nesta terça-feira (13) com procuradores do Trabalho em Brasília concordam que a Resolução 417 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é prejudicial ao segmento. A resolução adia o início da fiscalização da Lei do Motorista (12.619/12) quanto às regras de trânsito para março de 2013. O MPT defende a aplicação imediata da lei, que regulamenta a profissão de motorista de carga e passageiro, e já entrou com mandado de segurança contra a resolução.

Participaram do encontro com o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, e o procurador do Trabalho, Paulo Douglas Almeida de Moraes, os representantes da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Flávio Benati, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), Omar José Gomes, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, Hugo Leal, o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo.

Todos são unânimes na constatação de que a Resolução 417 do Contran vem trazendo sérios efeitos nocivos para o setor, tanto para os empresários como para os trabalhadores. Para a CNT, esta norma vem impondo às empresas o acúmulo de passivos trabalhistas, o que no médio prazo poderá comprometer a sobrevivência de muitas delas.

Mas o mais grave é a situação dos trabalhadores, que sem os efeitos da lei, praticamente mantêm excessivas jornadas de trabalho, cujo efeito mais trágico é a média de 24 motoristas mortos por dia. Isso sem falar na legião de motoristas que continua recorrendo ao uso de drogas para se manter acordado no volante durante muitas horas.

Na abertura do encontro, o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, destacou o empenho em fazer cumprir a Lei do Motorista. Há um conjunto de ações judiciais e extrajudiciais que o MPT está empreendendo. “Esperamos para breve um pronunciamento do Poder Judiciário sobre a nulidade da resolução 417”, afirmou, referindo-se ao mandado de segurança.

Já o procurador do trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes ressaltou que a atuação do MPT não prescinde da atuação dos empresários, dos trabalhadores e do Poder Legislativo. As questões trabalhistas previstas na lei não são abrangidas pela resolução do Contran e o MPT continua fiscalizando o cumprimento das regras de limite de jornada e descanso.

Diálogo – O deputado federal Hugo Leal frisou a importância do tema e o papel imparcial e apartidário do Ministério Público do Trabalho. “É um assunto de extrema importância e o MPT atua para o cumprimento da ordem jurídica pela via do diálogo, e não pela força.” Já o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, informou que a posição do governo federal é pelo cumprimento da lei e se comprometeu em manter e ampliar o diálogo entre as instituições presente na reunião e o governo. Nas próximas semanas devem ocorrer novas ações para resolver o impasse da aplicação da Lei do Motorista.

Informações: Procuradoria-Geral do Trabalho - Assessoria de Comunicação
Publicado em 13/11/2012 no site: http://portal.mpt.gov.br/wps/portal/portal_do_mpt/comunicacao/noticias

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MPT sediará reunião sobre Lei do Motorista


Objetivo é buscar entendimento para o cumprimento da norma que regulamenta profissão


Brasília – O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai sediar reunião entre governo federal e representantes nacionais de trabalhadores e empresas do setor de transportes na próxima terça-feira (13), em Brasília, para discutir o cumprimento da Lei do Motorista (Lei 12.619/12). O objetivo é encontrar uma solução uniforme que restabeleça a segurança jurídica e consolide a aplicação da norma.

A lei regulamenta a profissão de motorista profissional de transporte de carga e passageiros e vem sofrendo resistência de parte do setor de transportes, que conseguiu suspender a aplicação de multas de trânsito por descumprimento da norma até março do ano que vem, por meio de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O MPT quer a aplicação imediata da lei nas estradas e mantém as investigações com relação ao cumprimento das normas trabalhistas.

A agenda foi definida nesta quarta-feira (7) em reunião do procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, e o presidente da Frente Parlamentar do Transporte Seguro no Congresso, deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ), em que também participaram o vice-procurador-geral do Trabalho, Eduardo Antunes Parmeggiani, e o procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes.

Fonte: Procuradoria-Geral do Trabalho, Assessoria de Comunicação.Publicado em 07/11/2012 no site http://portal.mpt.gov.br/wps/portal/portal_do_mpt

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Caminhoneiros reclamam da falta de segurança nas viagens


A Polícia Rodoviária Federal orienta os motoristas, mas ainda aguarda resolução do Contran, o Conselho Nacional de Trânsito para aplicar as multas a quem infringir a Lei do descanso nas estradas federais. Os caminhoneiros são favoráveis à lei, mas reclamam da falta de estrutura dos pontos de apoio.
Vida de caminhoneiro não é fácil e, segundo eles, fica mais difícil nos feriados. O caminhoneiro Marco Antônio de Sales, trabalha há oito anos nas estradas. Sai de Anápolis, em Goiás, com cargas de papel higiênico para abastecer os Estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. Ele diz que o feriado atrapalha na hora de descarregar a mercadoria. “A semana passa a ter menos um dia, pra gente atrapalha muito” afirmou.
Outro problema é a falta de segurança que eles encontram nas viagens. A maioria dos pontos de apoio não fornece condições necessárias para que os motoristas possam descansar. Muitas vezes, é a cabine do caminhão o local de descanso que encontram.
Por lei, a jornada desses motoristas deve ser de oito horas, com um descanso de 30 minutos a cada quatro horas. Também deve haver um intervalo de 11 horas entre uma jornada e outra. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, só haverá aplicação de multa quando o Contran aprovar a resolução.
Fonte: Bom Dia Mirante

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Senado vota cinto de três pontos para ônibus e ANTT vai ser investigada na tragédia do ônibus da Viação 1001



1001 acidente
Ônibus 2212 da Auto Viação 1001 que caiu de uma ribanceira de 10 metros, fotografado em outro dia por admirador de transportes. Quinze pessoas morreram. Tragédia traz de volta o debate sobre a importância do uso do cinto de segurança em ônibus. Projeto no Senado quer que equipamento tenha três pontos. Foto: Fernando Silva
Senado vota cinto de três pontos para ônibus
Discussão ganhou mais fôlego depois de tragédia com ônibus da 1001
ADAMO BAZANI – CBN
Os ônibus rodoviários poderão ser obrigados a ter cintos de segurança de três pontos. Desde 1997, os veículos de serviços intermunicipais com características rodoviárias devem oferecer o cinto subabdominal.
Tramita no Senado Federal projeto número 4254/12 do senador Geraldo Resende, do PMDB do Mato Grosso do Sul, que torna obrigatório o equipamento mais moderno nos veículos rodoviários.
Apenas os ônibus de características urbanas, nos quais os passageiros podem viajar em pé, ficam fora da obrigatoriedade, como ocorre com o atual modelo de cinto de segurança nos veículos de transporte rodoviário.
Para o senador, apesar de ser importante, o cinto subabdominal não garante proteção total aos passageiros.
O modelo evita que as pessoas sejam lançadas dentro do salão de passageiros ou mesmo para fora dele, mas não impede que os usuários batam no banco da frente, nas divisórias, no passageiro ao lado ou mesmo contra as janelas.
O cinto hoje obrigatório nos ônibus não deixa que as pessoas sejam arremessadas, mas não segura a coluna vertebral no encosto da poltrona.
De acordo com a proposta do senador, as empresas de ônibus e as fabricantes devem ter um ano para se adaptarem após a publicação da lei, prazo que o Contran – Conselho Nacional de Trânsito pode regulamentar o uso.
O projeto vai ser analisado em caráter conclusivo, ou seja, sem a necessidade de votação em plenário, pela Comissão de Viação e Transportes e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Ainda não há data para a votação nas Comissões.
POUCO USADO, POUCO DIFUNDIDO
Dados da CNT – Confederação Nacional dos Transportes revelam que apenas 2% dos passageiros de ônibus rodoviários usam o cinto de segurança. As empresas de ônibus são obrigadas a orientarem os passageiros a bordo, com explicações do motorista ou de um agente da empresa, mas isso raramente acontece.
TRAGÉDIA COM A 1001 DÁ MARGEM ÀS DISCUSSÕES:
O uso do cinto de segurança em ônibus voltou a ser alvo de discussões depois do acidente com um ônibus da Auto Viação 1001 que ocorreu na última segunda-feira, dia 22 de outubro, na Serra de Teresópolis, região de Guapimirim, na Baixada Fluminense.
Quinze pessoas morreram quando o veículo saiu da estrada e caiu numa ribanceira de uma altura de 10 metros aproximadamente.
De acordo com relatos de sobreviventes, o motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, alertou pouco antes da queda que todos sentassem e usassem o cinto de segurança.
Fernandes morreu no acidente.
Nem todos os passageiros usaram o cinto. Ainda de acordo com os relatos, as pessoas que seguiram a recomendação e fizeram uso do equipamento foram as que menos se feriram.
Muitos passageiros ficaram em pânico por conta do descontrole do ônibus e ficaram em pé no veículo. O ônibus, segundo a Polícia Rodoviária Federal, chegou a aproximadamente 80 km/h, sendo que o trecho permitia velocidade de 60 km/h.
Testemunhas também disseram ter visto o ônibus pouco antes da queda com pisca-alerta ligado e com sinais de farol, o que indicava que o motorista tentava controlar o veículo.
A Auto Viação 1001, em nota, afirmou que o veículo carroceria Marcopolo 1200 Geração 6, chassi Scania K 124, tinha passado por todas as vistorias, sendo a última no dia 10 de outubro. A empresa também afirmou que dá toda assistência às famílias de quem perdeu a vida e aos feridos e que vai colaborar com as investigações.
Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT mostram que a empresa só neste ano recebeu 183 multas por diversas irregularidades. O Detro – Departamento de Transportes do Estado do Rio de Janeiro aplicou 553 multas contra a Auto Viação 1001, boa parte por não ter realizado inspeções.
ANTT VAI SER INVESTIGADA:
A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres afirmou que vai realizar fiscalizações com maior rigor nas garagens da 1001, que hoje tem cerca de 700 veículos. A empresa opera exclusivamente linhas de alta demanda e mantém boa parte de trajetos importantes com companhias pertencentes ao mesmo grupo, JCA, como entre Rio e São Paulo.
Mas a ANTT também vai ser investigada. A Defensoria Pública da União vai apurar as responsabilidades da ANTT no acidente.
A Defensoria quer saber se houve falha de fiscalização e inspeção não somente no veículo prefixo 2212, envolvido na queda, como em toda a frota da companhia.
As causas do acidente ainda serão determinadas. Um laudo deve ficar pronto em 15 dias.
VÍDEO MOSTRA ÔNIBUS MOMENTOS ANTES DA QUEDA:
O vídeo exibe o ônibus já sem controle e saindo da rodovia. Quando ele foi exibido, o número de mortos ainda era de 13.
Publicado em 25/10/2012 por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes. Blogpontodeonibus.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A importância do uso do cinto em ônibus. ANTT vai reforçar fiscalização na 1001


1001
Ônibus 2212, que se envolveu em acidente, fotografado por admirador de transportes. Polícia vai veirificar se veículo estava com falhas mecânicas. Quinze pessoas morreram quando o motorista perdeu o controle e caiu numa ribanceira na Baixada Fluminense. De acordo com testemunhas, quem estava com cinto de segurança foi menos afetado. Motorista teria pedido para passageiros sentarem e usarem o cinto, antes da queda. Foto: Renan Watanabe
Cinto de segurança em ônibus é pouco usado por passageiros
Estudos comprovam que uso pode evitar graves lesões e salvar vidas
ADAMO BAZANI – CBN
A tragédia envolvendo um ônibus da Auto Viação 1001 na tarde de segunda-feira que ao cair numa ribanceira na Serra de Teresópolis, região de Guapimirim, na Baixada Fluminense, provocou a morte de 15 pessoas, levantou mais uma vez o tema sobre o pouco uso do cinto de segurança por parte de passageiros de ônibus.
O cinto não evita o acidente, mas diminui suas proporções.
De acordo com relatos de passageiros do veículo que sobreviveram , ao Jornal O Dia, o motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, que também morreu, alertou a todos os usuários a se sentarem e usarem o cinto de segurança pouco antes de cair de uma altura de 10 metros. Relatos ainda dão conta que os passageiros que seguiram a orientação e colocaram o cinto foram os menos atingidos.
Ainda de acordo com estas testemunhas, muitos usuários desesperados antes de o ônibus cair, ficaram em pé no veículo, que já estava em alta velocidade e sem controle. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o veículo atingia cerca de 80 km/h sendo que o máximo permitido para o trecho é de 60km/h.
A questão do baixo uso do cinto de segurança em ônibus é grave.
De acordo com a CNT – Confederação Nacional dos Transportes – apenas 2% dos passageiros usam o equipamento de segurança.
A presença do cinto em ônibus intermunicipais e interestaduais de característica rodoviárias é obrigatória desde 1997.
No caso do ônibus, além de evitar que o passageiro bata a cabeça no banco da frente ou nas divisórias do veículo, também impede que a pessoa seja lançada dentro ou mesmo para fora do salão de passageiros, que é bem maior que um veículo de passeio, cujo uso do cinto, por lei, virou hábito.
Estudos dão conta que estes fatores ligados ao lançamento das pessoas pelo ônibus são algumas das maiores causas de mortes.
ANTT VAI INTENSIFICAR FISCALIZAÇÃO NA 1001:
Depois da tragédia envolvendo o ônibus 2212 da Auto Viação 1001, a ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres disse que vai intensificar a fiscalização nas garagens da empresa.
Só neste ano, a ANTT emitiu 183 multas contra a 1001 por diversos fatores. Já o Detro – Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro aplicou 553 multas. A falta da realização da inspeção obrigatória foi um dos principais motivos, de acordo com a autarquia.
Em nota, a Auto Viação 1001 disse que o veículo passou por todas as vistorias e estava com a manutenção em dia. O ônibus 2212 passou por inspeção no último dia 10, segundo a companhia. A empresa ainda acrescentou que presta assistência às famílias das vítimas que perderam a vida e aos feridos.
O motorista que morreu no acidente trabalhava há pouco mais de quatro anos na empresa.
Não estão descartas as hipóteses de falha mecânica ou mesmo de o condutor não ter passado bem.
Publicado em 24/10/2012 porAdamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes (com agências). Blogpontodeonibus

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Monsanto premia transportadoras que desempenham com excelência a distribuição de seus produtos por todo o Brasil

Sétimo prêmio Reconhecimento de Logística da Monsanto, realizado em SP, celebrou parceria da companhia com suas melhores transportadoras de Sementes e Proteção de Cultivos em cinco categorias.

A Monsanto, empresa pioneira no desenvolvimento de soluções agrícolas sustentáveis, realizou nesta segunda-feira (27/8), em São Paulo, a 7ª edição do prêmio Reconhecimento de Logística Monsanto, no qual homenageia as melhores transportadoras que atendem à companhia e a ajudam a manter a reconhecida excelência de sua cadeia de produção também no momento da distribuição do seu portfólio de produtos de Sementes e Proteção de Cultivos, realizando entregas com rapidez, precisão e qualidade nos quatro cantos do país. Os prêmios foram dados às empresas Global (vencedora em duas categorias: "Transferências em Sementes" e "Vendas em Sementes"), GeLog (vencedora na categoria "Inbound em Defensivos Agrícolas"), Salvador Logística (vencedora na categoria "Transferências em Defensivos Agrícolas") e Bravo Serviços Logísticos (vencedora na categoria "Vendas em Defensivos Agrícolas").

Publicado em 28/08/2012 no site: http://www.monsanto.com.br/sala_imprensa/includes/template_press_release.asp?noticiaId

Lei do Tempo de Direção: Três mil postos não são suficientes para atender caminhoneiros


A Lei 12.619/2012 , que estabelece, entre outros direitos, o limite de tempo de direção dos caminhoneiros e o descanso obrigatório entre jornadas, está sendo muito questionada por autônomos e transportadoras que alegam não ter local de parada com segurança.
Fomos buscar junto as distribuidoras algumas informações sobre a realidade atual dos postos de rodovia voltados para o segmento de pesados. Principalmente, considerando que os postos de rodovia são a segunda moradia do caminhoneiro.
A Shell informou que sob sua bandeira são 600 postos de rodovia, sendo que 315 vão ostentar a assinatura do projeto Irmão Caminhoneiro Shell , que está sendo ressucitado.
A Ipiranga informou a presença em 600 postos de rodovia, sendo que 185 estão dentro do padrão Rodo Rede, outra iniciativa antiga que ganha nova cara mas mantém os mesmos conceitos.
A BR (Petrobrás) registra 1.500 postos em rodovia, com estrutura, em maior ou menor grau, para atender caminhoneiros. O projeto Siga Bem Caminhoneiro, que chegou a contar com mais de uma centena de postos, hoje está reduzido a pouco mais de 30. Naturalmente, como as demais distribuidoras, com nova roupagem.
A rede ALE informou a existência de 300 postos de rodovia em 21 estados. Portanto, no somatório das distribuidoras são cerca de 3.000 postos de rodovia. Naturalmente, alguns com mega-estruturas e pátios para mais de 200 caminhões e outros com capacidade para uma dezena de veículos. Isto significa um posto de rodovia a cada 66 km admitindo-se que a malha atual pavimentada esteja em torno dos 200.000 km.
Os números mostram que já existe uma boa base de locais para realizar as paradas. Naturalmente que a demanda aumenta, na medida em que a lei obriga descanso entre jornadas de 11h00. Muitos trechos já apresentavam pátios dos postos lotados e caminhões no acostamento, mesmo antes da entrada em vigor da lei.
A questão da segurança preocupa caminhoneiros, transportadoras, postos, autoridades, seguradoras, dentre outros. Entretanto, nenhum dos segmentos envolvidos pode alegar que foi surpreendido pela lei. A questão do tempo de direção já está em pauta para ser aprovada desde 1996.
Muitos líderes de movimento de caminhoneiros e transportadoras alegam que os postos estão cobrando estacionamento. Essa não é a realidade de mais de 99% dos postos de rodovia do país, embora seja uma tendência, como admite Ricardo Hashimoto, do Diretor de Posto de Rodovia da Fecombustíveis. Entidade que congrega sindicatos de postos de combustível.
E há razões para a implantação da cobrança. Atualmente os caminhões são cada vez maiores, ocupam mais espaço nos pátios, e o consumo de combustível, que seria a contrapartida dos postos caiu muito. As explicações são relativamente simples: muitas transportadoras tem tanques instaldos na garagem e seus caminhões abastecem na própria empresa, além disso, tanques de combustível adicionais, muitos instalados de formar irregular, aumentam a capacidade dos caminhões.
A consequência é que os postos precisam buscar alternativas para sobreviver. Afinal, é complicado atender quem não abastece, ocupa cada vez mais espaço e utiliza área que deveria ser usada pelos verdadeiros clientes. Posto é atividade comercial que precisa de lucro, como qualquer outra atividade.
Curiosamente, embora os proprietários de postos não gostem de mencionar o assunto, as distribuidoras, que deveriam ser parceiras tem agido muitas vezes como concorrentes. Com sistemas que permitem rastrear as transportadoras que mais consomem combustível nos postos, as distribuidoras tem oferecido os tanques paras as empresas e os postos ficam sem o cliente.
A BR criou até o Projeto Cais, concebido dentro da empresa, que formava cooperativas de transportadoras utilizando espaço da BR, fechado com segurança e combustível mais barato. O impacto nos postos de rodovia, onde são instalados o CAIS, era imediato. Embora esteja com a expansão contida, devido a mudanças momentãneas na política da empresa, a simples menção da abertura de um Cais já deixa muito dono de posto com a sensação de que seu negócio vai á pique.
Além disso, há uma proliferação de tanques de combustível com capacidade inferior a 15.000 litros, instalados sem o menor critério e controle ambiental, em terrenos, empresas, condomínios, indústrias, etc…
Como bem observa Giancarlo Pasa, da rede de postos Túlio, do Paraná, a competição é desigual porque os postos são obrigados a atender inúmeras exigências ambientais e cumprir exigências técnicas sofisticadas. “Queremos que exijam as mesmas condições para todos e não apenas os postos.” Giancarlo lembra que no passado quase 70% do diesel no Brasil era vendido em postos, atualmente está em torno de 50%.
Os postos de rodovia investem em estruturas gigantescas para atender os caminhoneiros. No Mato Grosso, Aldo Locatelli, que possui vários postos de grande porte, com média de 100.000 m², suficientes para receber com folgar mais de 200 caminhões, acredita que a lei poderá causar grandes transtornos, pois não existem muitos postos com estruturas adequadas para atender os caminhoneiros.
Crítico dos “teóricos” que elaboram leis sem conhecer a realidade da estrada, Locatelli lembra a absurda proibição de pagamento de frete em dinheiro ou cheque. “ Ajudo o caminhoneiro oferecendo transporte para a cidade. Levamos ele ao banco para retirar dinheiro, para que possam pagar suas despesas na viagem.” E reforça a importância da vivência prática: “Eu vivo do caminhoneiro, conheço seus problemas, fico horas ouvindo o que eles estão enfrentando.”
Existem muitos terrenos, galpões, as margens das rodovias que podem ser usados para estacionamentos. Naturalmente que, pelo custo e pouca áreas livres, perto de grandes centros, tudo fica mais mais complicado. Os próprios postos de rodovia que podem ampliar estacionamentos mas precisam de receita paa justificar o investimento. Pode ser através de consumo de combustível ou na área de alimentação, e até pela cobrança do uso do estacionamento.
Segundo apuramos com proprietários de grandes postos de rodovia, para pavimentar um estacionamento que atenda cerca de 200 caminhões, com iluminação adequada, é necessário investir pelo menos R$ 5 milhões, sem contar o terreno de cerca 50.000 m².
Para que se tenha uma idéia, a construção de 300 postos, em rodovias federais pavimentadas, média de 01 a cada 200 km, custaria cerca de R$ 1,5 bilhão para atender por noite aproximadamente 60.000 caminhões, equivalente a menos de 10% dos que se estima estejam nas estradas todos os dias.
A construção de áreas de estacionamento estava prevista na concessão de várias rodovias, como a Dutra, principal ligação entre Rio e São Paulo, mas, na maioria dos contratos, essas obras foram trocadas pela ANTT por outras obras. O mesmo foi ocorrendo nas concessões estaduais.
Estacionamentos das concessionárias nas rodovias, ou mesmo dos governos, também não é garantia de solução. Na rodovia Dom Pedro I (Campinas – Jacareí), três dessas áreas foram fechadas pela concessionária Rota das Bandeiras, porque estavam se tornando ponto de prostituição e venda de drogas.
Portanto, é preciso soluções rápidas em termos de espaço, mas será necessário garantir segurança. No Brasil real isso significa que somente cobrando por estacionamento e segurança, em áreas fechadas e administradas por postos ou outras empresas, será possível resolver a questão. Esse custo vai passar para o frete, deverá ser pago pelo embarcador (dono da carga) e no final das contas pelo consumidor. Não há como fugir desta realidade.
Acreditar que de vamos ter áreas gigantescas para estacionar caminhões, com toda segurança e grátis, é o mesmo que acreditar que um posto que vende muito mais barato que todos os concorrentes, está trabalhando com combustível de qualidade.
Esperar que o Governo resolva a questão também não é possível. Afinal, Governo Federal somente pode cuidar de 1/3 das malha rodoviária, o restante são rodovias estaduais. Além do mais, num país em que faltam escolas, hospitais, saneamento básico, segurança pública, é impossível justificar politicamente que o Governo tem que investir em estacionamentos gratuitos para caminhões.
O que fica evidente é que a sociedade terá um custo incial mas o limite de tempo de direção vai salvar vidas, reduzir acidentes, diminuindo o custo econômico, inclusive do transporte e principalmente humano.

Palestra VIP Logistica de Serviços na Monsanto do Brasil


Dia 27/08/2012, ministrei Palestra VIP sobre Logistica de Serviços no evento realizado durante a manhã na Monsanto do Brasil em São Paulo.

Participaram da palestra os proprietários das transportadoras que foram reconhecidas no evento da tarde pela Monsanto. Ótimos aprendizados foram gerados no encontro.

Agradeço a acolhida e o profissionalismo do Igor Neves - Monsanto.

Abraço e Sucesso,

Palestrante José Rovani
Palestra VIP Logistica de Serviços
Contato: treinamentos@highpluss.com.br

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Palestra VIP Gestão Lei 12.619/2012 na Monsanto do Brasil

Dia 27/08/2012, ministrei palestra sobre a Gestão da Lei 12.619/2012 no evento nacional realizado durante a tarde pela Monsanto do Brasil em São Paulo.

Parabenizo ao profissional Igor Neves e a Equipe Monsanto do Brasil pelo excelente evento de "Reconhecimento das Melhores Transportadoras do Brasil".

Agradeço a acolhida e o profissionalismo da Equipe Monsanto do Brasil.

Abraços e Sucesso para Equipe Monsanto do Brasil,

Palestrante José Rovani
Palestra VIP Gestão Lei 12.619/2012 - Motorista Profissional
Contato: treinamentos@highpluss.com.br

sábado, 25 de agosto de 2012

Melhores transportadoras do ano recebem Prêmio da Monsanto

Evento terá a participação de especialistas, juristas e de executivos de algumas das maiores empresas de logística do Brasil, que falarão sobre a Lei 12619/2012 que vem rendendo discussões em todo o país. Acesse o link abaixo para ler mais.

Publicado em 23/08/2012 no site Agrolink, http://www.agrolink.com.br/culturas/milho/noticia/melhores-transportadoras-do-ano-recebem-premio-de-logistica-da-monsanto_155111.html

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A regulamentação na prática

Nos últimos dias, a greve nacional dos carreteiros tomou conta das manchetes dos principais noticiários do País. E o assunto regulamentação da profissão de motorista – até então conhecido apenas pelos envolvidos nos trâmites da cadeia de transporte rodoviário de cargas – ultrapassou “barreiras” e foi apresentado ao público em geral. Com isso, o atual dilema vivido por estradeiros autônomos, empregados e donos de transportadoras, que não sabem como será na prática a lei 12.619, – norma que estabelece regras de jornada de trabalho, descanso diário e tempos de parada para condutores – ganhou espaço fora dos veículos especializados no segmento e adentrou outras editorias dos veículos de comunicação, como, por exemplo, a de cidades e de economia. Uma reunião feita na terça-feira, 31/07, entre líderes da paralisação e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, atendeu aos pedidos dos carreteiros grevistas, pelo menos temporariamente, e pôs fim a suspensão. Sancionada no final de abril pela Presidente Dilma Rousseff, e em vigor, em caráter educativo, desde 15 de junho, a medida é vista de diferentes maneiras pelos principais atingidos pela a lei. Mesmo sendo defendida como algo positivo para a categoria estradeira, grande parte de motoristas e empresários acreditam que há necessidade de um aprimoramento da regulamentação e até a inclusão de regras específicas para cada categoria de condutor. Assim defende Augusto Manoel Cordeiro, gerente de transporte da empresa Local Frio e professor universitário de economia. “A lei pode ser geral, porém dentro dela as categorias precisam ser tratadas individualmente dentro de suas necessidades, inclusive os carreteiros autônomos que só são lembrados pelo Governo para pagar impostos”, diz Cordeiro. O autônomo Denis Behrens pode exemplificar a afirmação do gerente da Local Frio. Na profissão há um ano, ele confessa que não sabe muitos detalhes sobre a nova lei, e por enquanto não faz as paradas exigidas pela norma, pois por ser comissionado diz que, “se seguir a lei, vai quebrar”. Ainda de acordo com o condutor, o ideal seria dirigir das seis horas da manhã até umas 10h ou 11h da noite, com as paradas normais no meio da manhã, sendo 1h para almoço e o mesmo tempo para jantar. Dependendo, poderia depois rodar mais um pouco até achar um local seguro para pernoitar. Ricardo Melchiori, diretor de operações da divisão de transportes terrestres da Ceva Logistics, ressalta que para motoristas de longa distância, a lei 12.619 trará mais dificuldades no dia a dia. “Os requisitos de 11 horas de descanso entre uma viagem e outra, além das paradas de 30 minutos a cada quatro no volante, e 1 hora para refeições, não serão problemas para o condutor de curta distância, aquele que volta para casa todos os dias, mas os de longa distância é que serão bastante afetados. Para esses, o tempo total de percurso nas viagens ficará maior. Por exemplo, a cada meia hora que ele parar na estrada, após as quatros horas dirigindo, aumentará no final o seu tempo para concluir o trajeto”, explica o executivo. Para Laudir Siveris, agregado a uma grande transportadora, a lei é um atraso na vida do estradeiro, pois acredita que a quantidade de horas fixadas para descanso poderia ser reduzida. “Dez horas seriam suficientes”, segundo ele. O motorista ressalta ainda que as dificuldades para estacionar durante a noite vão aumentar muito, com os postos lotados, obrigando condutores a parar em locais inadequados e com pouca segurança. Siveris prevê ainda dificuldades financeiras para carreteiros e empresários, uma vez que, segundo ele, os caminhões vão rodar menos quilômetros e as despesas serão as mesmas, ou até maiores, em alguns casos. Por conta disso, Laudir diz que o assunto deveria ter sido melhor discutido com os atingidos pela regulamentação. Ubiraci Martins, gerente do núcleo Jurídico da Transportadora Atlas, discorda do que diz o agregado. Para ele, o tempo de descanso fixado pela regulamentação 12.619 é fundamental para prevenir acidentes entre carreteiros nas estradas. “Longos períodos ao volante reduzem a eficiência do motorista e representam riscos de acidentes, devido à fadiga. Repousar e dormir são medidas imprescindíveis antes de colocar a sua vida e a de outros em perigo, por isso considero que a nova lei surge não só com o objetivo de garantir a vida, a integridade física, o bem estar, o convívio social e familiar do motorista, mas também de preservar toda a sociedade e aumentar a maior segurança nas estradas”, reforça Ubiraci. A principal queixa dos motoristas de carga que participaram da última greve foi com relação à falta de pontos de parada nas estradas. Ou seja, eles reivindicavam como o estradeiro pode parar em cumprimento à lei se não tem onde estacionar. Em busca de respostas e uma orientação do que fazer para obedecer a medida, o carreteiro Ricardo Sigal Oliveira diz que consultou a Polícia Rodoviária sobre o assunto para saber onde parar, mas foi informado que nada está decidido ainda. Representantes do Governo Federal, do Ministério Público do Trabalho e dos líderes da greve dos carreteiros realizam em Brasília, na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), uma mesa de negociação para discutir as reivindicações da categoria e o que será efetivamente feito em resposta aos questionamentos da classe. Em declarações divulgadas na semana passada, o Ministério Público do Trabalho afirmou que não aceitará retrocessos na lei e deverá alterar na regulamentação apenas os requisitos que tratam sobre os pontos de parada. Fonte: Portal O Carreteiro Publicado em 14/08/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/a-regulamentacao-na-pratica

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Recomendação da Palestra para Motoristas - AV Chapecó

O treinamento foi dinâmico, participativo e possibilitou aos nossos colaboradores a visão de motorista como uma profissão digna e importante. O palestrante por sua habilidade e também por ter uma grande vivência na área de transportes, conseguiu mobilizar a atenção dos participantes e transmitir o conteúdo com uma linguagem adequada, com exemplos bastante próximos do que cada motorista vive todos os dias, e que, não basta que o motorista apenas participe de cursos de motivação e sim que a pessoa (motorista) deve buscar equilíbrio e realização pessoal/familiar, para que encontre a felicidade e satisfação tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Essa realização pode ser com estudos, dedicação à família, esportes; enfim, que a realização é conquistada por cada pessoa. Conseguiu fazê-los sentir o valor não somente de sua profissão, mas também da responsabilidade que cada um tem em desempenhar cada vez melhor o seu trabalho. Luana Becker Ferronato Empresa Auto Viação Chapecó Chapecó - SC. 16/07/2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Recomendação da Palestra para Motoristas - TRANSTUSA

“José Rovani planeja a palestra/treinamento de acordo com o tema solicitado, trabalhando de forma prática e objetiva. Busca ter um conhecimento profundo e detalhado sobre o assunto. É pontual em seus trabalhos e processos, implementando com inovação e criatividade o seu trabalho.” Psicóloga Andréa Fodi - RH Empresa Transtusa Joinville - SC. 11/07/2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Alerta! Uso do Cinto de Segurança???

Dia 10/07/2012 durante o periodo das 15 às 16hs. na Rua Dr. João Collin - Região Norte de Joinville próximo do Terminal Norte percebi, que o uso do cinto de segurança pelos motoristas dos veículos deixou de ser um quesito de segurança veicular. Para registro e reflexão, informo que para cada 10 motoristas, 5 motoristas não estavam usando o cinto de segurança naquele momento. Em determinados veiculos os passageiros desses veiculos não estavam usando o cinto de segurança, seguindo o exemplo do motorista. Nessa pesquisa momentânea, destaco os Motoristas de Automóveis de diversos modelos, Caminhões de Entrega e Vans (empresas e particulares). Onde está o "Comprometimento com a Direção Defensiva???" Fica registrado o Alerta! Palestrante José Rovani Palestras VIP para Motoristas Joinville - SC.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os riscos de conduzir caminhões na chuva

Nada como uma chuva forte para colocar as habilidades de um motorista em teste, ainda mais se ele estiver conduzindo um caminhão carregado. A menor visibilidade – e os limpadores de para-brisa ajudando a desviar a atenção – exige concentração e boa capacidade de reação. Entre os principais problemas da água no asfalto, está a diminuição do coeficiente de atrito entre os pneus e a pista. Os primeiros 10 minutos são ainda mais perigosos, pois a água se mistura com a sujeira da estrada, como resíduos carbônicos e de óleo, pó de borracha, poeira, entre outros, formando uma camada escorregadia. Segundo o engenheiro Mauri Panitz, perito em segurança no trânsito, o coeficiente de atrito em condições normais é de 0,6, cai para 0,4 quando a chuva já lavou a pista e fica em 0,2 quando a chuva ainda está nos primeiros minutos. Quanto menor o coeficiente, menor o atrito com o asfalto, facilitando derrapagens. Para os caminhões, um dos principais riscos é o efeito L (também conhecido como jacknifing), quando o condutor perde o controle do trem de força e o semirreboque se projeta à frente. “Dependendo da velocidade, das ações do motorista, se ele fizer uma mudança brusca de direção, ou passar por um solavanco numa deformação da rodovia, ele perde aderência e quando vai tentar recuperar, não a encontra, pois a pista está ‘lubrificada’ com água e sujeira. Pior ainda se ele utilizar o freio, pois não haverá o trabalho mecânico de atrito em função da falta de aderência”, explica Panitz. Outra situação comum e perigosa é a hidroplanagem, também conhecida como aquaplanagem. Ela acontece quando a camada de água sobre a pista é muito espessa fazendo os pneus perderem contato com o asfalto e deslizarem na água. Júlio Cesar Zingalli, instrutor de direção defensiva do Centronor, alerta para a importância de reduzir a velocidade nesses casos, manter boa distância dos demais veículos e dá uma dica: “ao olhar pelo retrovisor, se o motorista não enxergar o rastro de água saindo dos pneus, é preciso diminuir mais a velocidade, pois há grande risco de aquaplanagem”. Confira outras dicas sugeridas pelo engenheiro Panitz e pelo instrutor Zingalli: 1. Diminua a velocidade, pois há perda de visibilidade, o coeficiente de atrito diminui e há perigo de derrapagens e hidroplanagem; 2. Mantenha distância de pelo menos 10 metros do veículo da frente; 3. Acenda o farol baixo durante o dia. Aumenta a visibilidade e alerta veículos de trás; 4. Ligue o desembaçador traseiro; 5. Evite freadas bruscas e não faça manobras perigosas; 6. Mantenha as borrachas dos limpadores de para-brisa em dia; 7. Pare em local seguro se a chuva estiver muito forte; 8. Não use as mãos para limpar vidros embaçados, pois eles ficarão engordurados. Utilize um pano apropriado, se possível com detergente neutro; 9. Ligue o ar-condicionado ou ventilador do caminhão e mantenha uma fresta da janela aberta para circular o ar. Se os vidros já estiverem embaçados, use ar quente; 10. Jamais faça ultrapassagens; 11. Procure rodar com a pressão adequada nos pneus; 12. Mantenha a velocidade constante, sem fortes acelerações ou freadas bruscas. Fonte: Terra Publicado em 09/07/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/os-riscos-de-conduzir-caminhoes-na-chuva

domingo, 8 de julho de 2012

Motoristas de ônibus criam kit incêndio por causa de onda de ataques a coletivos

Ônibus urbano parado em ponto final à noite na cidade de Santo André. Série de ataques a coletivos tem despertado medo na população em especial nos motoristas e cobradores de ônibus. Alguns criaram kits incêndio, com documentos presos ao corpo, para escaparem mais rapidamente dos veículos sem perderem a documentação e não terem dor de cabeça. Na permanência da reportagem num veículo, rádio do motorista tocava alertando para mais um incêndio que ocorria distante, na zona Sul de São Paulo. Informação é arma da categoria. Foto: Adamo Bazani. Motoristas de ônibus criam kit incêndio por conta de ataques a coletivos em São Paulo ViaSul retirou ônibus de circulação da capital paulista depois de ataques ADAMO BAZANI – CBN Toca um sinal de rádio. Eram por volta das nove e quinze da noite desta quarta-feira. “Chapa, chapa, atenção….mais um na zona Sul” A mensagem tratava-se de um alerta que um motorista de ônibus da Capital Paulista dava a um colega que estava parado no ponto final de um a linha em Santo André. Este repórter voltava de um tratamento médico quando ao final da viagem foi se despedir do motorista, conhecido já de um tempo, e foi surpreendido com o alerta. “É sempre assim quando tem estes ataques. Todos nós ficamos com medo”. Poucos minutos depois, parou um ônibus da mesma empresa, mas de outra linha no ponto final. O motorista saiu correndo e falou para o colega “Ta sabendo da Via Sul?”. O profissional se referia a empresa que estaria recolhendo alguns ônibus antes do previsto pelo medo dos motoristas em relação aos ataques que são uma tentativa de uma facção criminosa de São Paulo, que teve origem em presídios. Desde a noite de terça-feira até o fechamento desta matéria, doze ônibus foram queimados na Capital e na Grande São Paulo, e desde o dia 12 de junho, sete policiais militares foram assassinados. A ViaSul, uma das empresas vítimas dos ataques, restringiu as operações em 43 linhas, afetando inclusive os serviços no Terminal Sacomã, na Capital Paulista, O clima é de medo entre os motoristas. “Bandido fica livre pra queimar ônibus e matar policial. A gente que é trabalhador é que tem medo” – disse o cobrador do segundo ônibus no ponto final. A reportagem apurou que os motoristas de ônibus têm feito uma espécie de kit incêndio. Trata-se de pochetes e ou pequenas bolsas presas ao corpo, mesmo com o motorista ao volante trabalhando. Nelas, o essencial: documentos pessoais, carteira de habilitação (que é o ganha pão do motorista) e telefone para contato com a família. “Eu uso essa pochetizinha porque se vir vagabundo querer botar fogo, eu saio correndo e não fico no prejuízo. Vão que não dá tempo de pegar os documentos” – disse um dos motoristas. “Eu também tou com todo os documentos aqui nesta sacolinha” – disse o outro profissional se referindo a uma embalagem plástica que ele tinha sob a camisa. CLIMA DE MEDO: Se dirigir ônibus urbano em São Paulo ou na Grande São Paulo já é estressante e perigoso, por conta do trânsito complicado, em regiões onde o poder público não dá prioridade aos transportes coletivos, por causa de assaltos ou da fúria dos outros motoristas (alguns “pais de família” dirigem armados), agora, nestas épocas de instabilidades na segurança pública, os profissionais do setor vivem um clima de medo, que foi presenciado pela reportagem. E, se a polícia deveria trabalhar com mais informação para evitar muitos dos ataques, usando seus setores de inteligência, justamente a informação é uma aliada dos motoristas. Foi criada uma espécie de rede entre alguns profissionais de diferentes empresas, de maneira informal, para tentarem saber do que está ocorrendo. Para isso são usados celulares, rádios e até os telefones das garagens de onde são feitas ligações para estabelecimentos comerciais perto do ponto final. Até o fechamento desta matéria, ninguém havia se ferido com gravidade nos ataques a ônibus. “Mas pode acontecer. Vai que o cara está noiado (drogado), sem noção e começa queimar com gente dentro” – disse o cobrador. O ponto final onde ficou a reportagem é relativamente seguro: bairro residencial, ao lado de uma padaria e, mesmo sem ter aparecido nenhuma viatura da polícia, ao menos vigilantes de rua particulares passavam com motos. Mas em pontos finais onde as regiões são mal iluminadas, menos movimentadas e mais desertas, os ônibus nem param, mesmo tendo de cumprir horário. E mais uma vez, o trabalhador, seja motorista, cobrador ou passageiro, fica acuado frente a queda de braço não só entre uma facção criminosa e o Estado, mas a uma situação que envolve muito mais que polícia e bandido. Coincidentemente (ou não), mais uma onda de medo ocorre em época eleitoral em São Paulo. Incompetência e fragilidade do Estado? Claro, senão os trabalhadores não teriam medo. Mas é ingenuidade pensar que tais facções criminosas não possuem contatos com pessoas envolvidas na política. Afinal, crime não compensa, mas dá voto e dinheiro. Publicado em 28/06/2012 por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes. Blogpontodeonibus

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Nova lei beneficia caminhoneiros e rodovias, mas gera dúvidas e protestos

A partir de agora, o motorista de caminhão está proibido de dirigir o dia todo sem parada para descanso. A cada quatro horas de viagem, ele precisa estacionar e descansar, no mínimo, 30 minutos. E a cada 24 horas viajadas, é necessária parada de 11 horas. É o que determina a nova lei federal que já está vigor, porém a fiscalização por parte da Polícia Rodoviária vai começar somente no dia 27 próximo e o Ministério Público do Trabalho vai fiscalizar a partir de 15 de setembro. Mas, além dos motoristas, quem deverá sentir os efeitos das novas regras serão os empresários do setor e consumidores, porque o custo dos fretes certamente aumentará e, por consequência, o preço dos produtos. Muitos motoristas e empresários já se rebelam contra as novas exigências. A lei é saudada, com ressalvas em alguns artigos, por trazer mais segurança nas rodovias, pois a expectativa é de que possa reduzir o número de acidentes fatais, já que parte deles é atribuída à jornada excessiva dos motoristas que precisam cumprir prazos apertados para entregar as mercadorias ou para viajar mais e ganhar mais. Agora, as empresas de transporte terão de se organizar, talvez contratando mais motoristas e caminhões. A lei exige ainda que o tempo parado em fiscalizações e terminais de carga e descarga será remunerado em 30% sobre o salário do motorista. O professor e advogado Weslen Vieira da Silva, de Maringá, que se especializou no assunto, fez uma palestra na semana passada no auditório da Avecam Caminhões, em Umuarama, para empresários do setor. Segundo ele, muitas dúvidas sobre a nova lei ainda estão sem respostas. “Mas uma coisa é certa, as empresa precisam se preparar para atuarem de acordo com a lei para evitar problemas”, disse. É uma lei que tem avanços, mas necessita de aperfeiçoamentos para não prejudicar as categorias envolvidas e a comunidade. Um dos questionamentos é sobre as filas em portos e outros pontos de descargas, onde os caminhoneiros param por várias horas, ou então em algum acidente que fecha a pista. O advogado explica, baseado na resolução, que em situação excepcional é permitido o motorista rodar por mais uma hora, depois das quatro já viajadas. Ainda restam dúvidas sobre os ônibus, os caminhões que ficam vários dias em balsas e aqueles que ficam presos em filas de descarregamentos. E sobre os motoristas autônomos nada foi esclarecido nem com relação ao transporte de cargas perigosas ou perecíveis. E os pontos de parada? O maior questionamento dos motoristas é sobre os pontos de paradas. Em alguns locais do País os motoristas viajam cinco horas sem encontrar um posto de combustível. Em outros trechos não é permitido parar na margem da rodovia. O detalhe é que a parte da lei que obrigava os governos a construir esses pontos de paradas com toda a estrutura para atender aos caminhoneiros foi vetada pela Presidente Dilma Rousseff. Estes pontos ofereceriam segurança para os caminhoneiros que poderiam parar para tomar banho, se alimentar e descansar. O temor é de que se parar na rodovia o motorista pode ser multado e ainda ficar exposto ao risco de assaltos. E os postos de combustíveis vão ficar lotados, devendo faltar espaços quando a fiscalização começar a valer no final do mês. Preocupação com o custo O diretor da Transmia, empresa que faz os transporte para o Frigo Astra de Cruzeiro do Oeste, Alessandro Silva, diz que está preocupado com o custo que a nova lei vai impor às empresas de transportes. Algumas empresas já admitem que o preço do frete vai aumentar, pois o tempo das viagens também vai aumentar. A estimativa é de que os reajustes nos fretes fiquem acima de 10%. Os cálculos são de que um veículo que rodava 10 mil quilômetros por mês, com a nova lei fará 7 mil quilômetros, com uma queda de produtividade de 30%. Fiscalização A fiscalização do tempo de direção e do intervalo de descanso do motorista profissional será feita com base no tacógrafo, diário de bordo ou ficha de trabalho fornecida pelo empregador. Fonte: Umuarama Ilustrado Publicado em 02/07/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/nova-lei-beneficia-caminhoneiros-e-rodovias-mas-gera-duvidas-e-protestos/

terça-feira, 3 de julho de 2012

FALTAM 50 MIL MOTORISTAS DE ÔNIBUS E CAMINHÕES EM TODO O PAÍS

De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes, faltam 50 mil motoristas de ônibus e de caminhões em todo o País. Profissão têm se tornado desinteressante por muitos fatores, mas empresas apostam em plano de carreira e formação interna de profissionais dos volantes. Foto: Adamo Bazani Faltam 50 mil motoristas de ônibus e caminhões no País Oportunidades em outras áreas e baixa remuneração são algumas das explicações ADAMO BAZANI – CBN As imagens de longas filas de pessoas nas garagens de ônibus e caminhões em busca de uma vaga de emprego estão ficando cada vez mais raras. A constatação é das empresas, dos sindicatos das categorias e foi dimensionada pela CNT – Confederação Nacional dos Transportes. De acordo com o órgão, há uma carência de pelo menos 50 mil motoristas profissionais para transporte de passageiros e de carga. Para tentarem evitar que essa carência se torne um problema ainda maior, tanto a CNT, como sindicatos e empresas de ônibus ou transportadoras de carga criam programas de capacitação interna e de crescimento na carreira, para formarem profissionais de outros setores nas companhias para serem motoristas. Os motivos para que a profissão de motorista, que antes despertava tanto interesse, não ser mais atraente são vários. A remuneração é considerada baixa pela responsabilidade do serviço, nível de cobrança e desgaste. Há casos de motoristas de caminhão que acabam recebendo em torno de R$ 1000 em um mês. Muitos, mesmo pertencendo a empresas com frota considerável, acabam tendo de fazer longas viagens com poucos intervalos de descanso e ficam expostos à problemas de saúde e maiores riscos de acidente. Recentemente, entrou em vigor a lei que regulamenta o trabalho dos motoristas. Entre uma jornada de trabalho e outra durante um dia, o intervalo mínimo tem agora de ser de 11 horas, podendo ser dividido entre nove horas e mais duas horas. O motorista não pode dirigir por mais de quatro horas consecutivas sem um descanso de meia hora. Esse período pode ser prolongado para cinco horas, para o motorista achar um local seguro para estacionar. As refeições devem ser de uma hora. Na semana, o período total de descanso tem de ser de 35 horas. Mas os profissionais acreditam que, mesmo eles tendo de colaborar com essa lei, na prática, pouco vai mudar. Os prazos apertados para entregas de cargas e as más condições das estradas, que tornam as viagens mais demoradas, devem fazer muita gente burlar a lei, mesmo com as punições previstas. Em relação aos motoristas de ônibus, com exceções decorrentes de problemas que fogem do controle das companhias e profissionais, como trânsito que atrasam as chegadas e partidas (os passageiros não podem ser largados no meio do caminho porque deu o horário do motorista), as cargas horárias são, em geral, mais respeitadas, embora existam empresas que também burlam as legislações e acordos de convenções coletivas. No caso das companhias de transportes urbanos, a variação salarial é muito grande entre uma região e outra. Em Curitiba, por exemplo, o salário de um motorista de ônibus é de R$ 1503,00. Já no ABC Paulista, com uma carga horária um pouco maior, os vencimentos dos profissionais de ônibus urbanos são de R$ 2.047,00. Essa variação faz com que as carências de mão de obra sejam diferentes em cada região. No mesmo ABC, há empresas com “filas de currículos”. FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS: Cada vez mais as empresas de ônibus têm investido em formação interna para os motoristas. Funcionários de outros setores, com remuneração menores, têm sido incentivados a operarem os ônibus. Celso Adolfato, coordenador de Recursos Humanos do Grupo Leblon Transporte de Passageiros, afirma que a empresa, que atua no Paraná e em São Paulo, faz um trabalho de plano de carreira para cobradores. “Analisamos os potenciais do cobrador. Depois de dois anos e meio de empresa, consultamos se ele possui carta de habilitação que o permita dirigir ônibus. É feito o convite. Se ele aceita, fazemos todos os treinamentos internos exigidos por legislação e de iniciativa da empresa. Em seguida, ele fica de dois a três meses no setor de manobra, trabalhando dentro da garagem. Se os instrutores acharem que ele está apto, o novo motorista sai acompanhado por um profissional mais experiente por uma semana numa linha mais tranqüila, até se sentir seguro” – explica Adolfato. O coordenador de RH da empresa começou como cobrador até chegar ao posto onde está, mas sente que com o passar do tempo, muitas pessoas perderam interesse pela direção. “E não é só o motivo salarial, embora que este fator tem de ser considerado também. Hoje, há outras oportunidades profissionais para jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Muitos não têm mais o transporte como objetivo de suas vidas, mas apenas como uma ponte para ganharem um dinheiro para pagarem um curso em outras áreas. Além disso, por conta da nova dinâmica das cidades, das fiscalizações mais intensas, hoje, se perdeu um pouco daquele laço familiar no qual, por exemplo, o filho saía com o pai motorista e ficava o dia todo rodando no ônibus com ele, o admirava e queria seguir a mesma profissão” – explicou Adolfato. As empresas de ônibus rodoviários e de fretamento também enfrentam o problema. No caso do fretamento, a reclamação por parte de alguns funcionários é que depois de trabalharem toda a semana em serviço contínuo, como operando para indústrias e faculdades, eles são obrigados a trabalharem no fretamento eventual, tanto para serviços curtos, como para grandes viagens. Muitos motoristas, no entanto, buscam estas viagens a mais, por ser uma oportunidade de maior remuneração no final do mês. A violência em relação aos assaltos e o estresse e violência do trânsito também são motivos para que as pessoas pensem duas vezes antes de assumirem os volantes de ônibus e caminhões. Segundo sondagem da CNT, a paixão pelo volante ainda existe, mas muitos acabam se sentido desestimulados e atraídos por outras áreas. A formação interna, além de programas de reciclagem e melhoria nas condições de trabalho e de vida, com ações como acompanhamento psicológico e ginástica laboral, são essenciais para a atual situação. Mas, apesar de serem cada vez mais presentes nas companhias, ainda fazem parte da realidade de uma pequena parcela dos motoristas, Publicado em 03/07/2012 por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes. Blogpontodeonibus

domingo, 1 de julho de 2012

Palestras VIP para Motoristas da TRANSTUSA - Joinville

Dia 27/06/2012 ministrei "Palestras VIP para Equipes de Motoristas da TRANSTUSA". Socializado conhecimentos e experiências no sentido de gerar excelência nos serviços prestados pelas Equipes de Motoristas no transporte público em Joinville. As Equipes de Motoristas participaram com muita vibração e comprometimento nos temas abordados. Foram momentos de ótimos aprendizados! Parabenizo o profissionalismo da TRANSTUSA - Joinville - SC! Palestrante José Rovani Palestras VIP para Motoristas - Hands On "Motorista Profissional Capacitado é um diferencial na empresa" treinamentos@highpluss.com.br

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Autônomos – Trabalhando sob pressão

Assim como qualquer outro emprego requer certas condições, conhecimentos e habilidades ao candidato para contratação, quem trabalha como motorista autônomo tem de cumprir uma série de exigências para sempre conseguir cargas, ir para a estrada e ganhar o próprio sustento. Em geral, as empresas solicitam três itens básicos: nome atualizado junto a seguradoras, caminhão com menos de 10 anos de uso e sistema de rastreamento. “As transportadoras pedem tudo quanto é coisa”, brinca o carreteiro René Sandre, de 58 anos e autônomo desde os 20. Em sua opinião, o profissional independente precisa estar cadastrado em todas as seguradoras. “Não basta ter só uma, porque as transportadoras trabalham com empresas diferentes e para não perder carga é melhor ter todas”, acrescenta. As condições do veículo do autônomo também são avaliadas pelas empresas. “Como o caminhão é a nossa ferramenta de trabalho, precisa estar em bom estado, os contratantes exigem veículos com 10 anos de uso no máximo,” explica o motorista João Pelegrino Mataloso. Dono de um Scania, ano 92, João considera difícil dizer qual o modelo preferido pelos transportadores na hora da contratação. “Não tem um tipo de veículo mais pedido, o modelo é de acordo com o tipo de carga a ser transportada”, explica o autônomo. O sistema de rastreamento é outra exigência constante na lista de requisitos para se conseguir cargas. “Os contratantes preferem os caminhões que tem rastreador com teclado”, diz o carreteiro Vandimar Gomes Macedo, 36 anos de idade e 18 de profissão e autônomo desde 2009. Mesmo com a alta procura das transportadoras por essa exigência, grande parte dos carreteiros não conta com o equipamento. “Não tenho rastreador porque ele seria mais uma despesa. Fora todos os outros gastos durante as viagens, eu desembolsaria uma taxa fixa e mensal para a utilização do sistema”, justifica. Já Alfredo Carlos Magnus, transportador de máquinas e peças indivisíveis do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, aponta outro motivo para a falta de adesão do equipamento. “Não tenho e nem quero ter, isso é um ‘prato cheio’ para os assaltantes. Como posso deixar que alguém saiba o lugar exato onde estou? Prefiro não ter, porque se alguma coisa acontecesse comigo na estrada, desconfiaria do sistema”, pontua o carreteiro. No entanto, o assessor da presidência no Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Adauto Bentivegna Filho, diz que “esses e outros requisitos são importantes para garantir um transporte mais seguro tanto para a vida do motorista quanto para manter as condições de uso do bem transportado”. Cientes das condições impostas pelo mercado para se trabalhar, autônomos tentam cumprir a lista de requisitos, mas não demonstram tanto empenho em preencher 100% dos pedidos das transportadoras, por conta da desvalorização da categoria, os baixos fretes pagos pelos carregamentos, além das comissões embolsadas por agenciadores de cargas e a aplicação de restrições à circulação de caminhões nas principais vias centrais das capitais. Os inconvenientes do dia a dia da profissão têm desmotivado motoristas a permanecerem na profissão. Ilmar Maoski, autônomo há oito anos, diz sentir-se desvalorizado e pensa em vender o caminhão. ” A vida na estrada é sofrida, as viagens não compensam mais, os fretes estão tão baixos que as vezes volto de uma cidade para outra vazio. Prefiro não carregar”, reclama. Levantamento realizado no início desse ano pela NTC & Logística, entidade representativa do setor, aponta defasagem de 11,95% nos fretes pagos pelo transporte rodoviário de cargas no Brasil. Além disso, segundo o autônomo Vandimar Macedo, o lucro pela carga transportada cai ainda mais devido a comissão paga ao agenciador. “Se, por exemplo, as empresas oferecem R$2 mil para uma viagem de São Paulo a Brasília, os agenciadores pegam R$ 500 como comissão e divulgam um frete de apenas R$1.500″ diz. A agenciadora de cargas do Terminal Fernão Dias, Fernanda Souza Maia, explica que não há uma porcentagem padrão usada no cálculo da comissão dos agenciadores. “Existem períodos em que a procura pela carga é muito grande, então é onde podemos cobrar um valor maior pela comissão, mas existe também o outro lado, quando temos muitas cargas e poucos motoristas. Muitas vezes cobramos abaixo que de costume para não perder a transportadora”, explica. Para o autônomo Arlindo Almeida Fernandes, há companheiros de profissão que contribuem para a existência de fretes com baixos. “Como têm muitos autônomos no mercado, as transportadoras jogam o valor do frete lá embaixo e acabam escolhendo o motorista que aceita o preço oferecido”, afirma. Enquanto as mudanças tanto para o setor quanto para a categoria não chegam, o assessor da presidência do Setcesp aconselha aos autônomos a investirem no aprimoramento profissional. “É importante fazer cursos de reciclagem oferecidos pelo Sest Senat, manter documentos em ordem e atualizados, além de possuírem veículos em condições de uso e com a segurança necessária”, sugere Adauto Bentivegna. Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam (Sindicado dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo), concorda com o representante do Setcesp e acrescenta que deve haver mais união entre os profissionais da categoria. “É preciso chamar a atenção dos autônomos para que sejam mais presentes perante suas entidades e dirigentes, cobrando mais direitos e informações sobre o segmento onde trabalham. Fonte: Revista O Carreteiro Publicado em 06/06/2012 por Rafael Brusque Toporowicz no site http://blogdocaminhoneiro.com/autonomos-trabalhando-sob-pressao/